quinta-feira, 11 de agosto de 2011

UM DIA FELIZ

Não sei do quartzo da memória. Tudo se dilui.
O todo volta em conjunto e vai-se no mesmo como um bloco de cimento que nos ferra a passagem para uma porta certa, e ela tem os seus dois enigmáticos lados; o de dentro e o de fora que de nada servem se não houver passagem.
O rito de quem atravessa o portal no pequeno script codificado como a persiana ao amanhecer abre a janela dos olhos. Sou diluente, sou "sujo" para me limpar e no fórmico tenho saudades de...saudades de um dia feliz.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O SUOR DA REDE

Por princípio a rede é um lugar meio esterilizado, quase sempre a fugir para o branco ou cinza e nos dias mais triste de fundo negro. Temos a força do eixo gravitacional em suspensão aliviada fazendo que a gravidade fique centrada no estômago fugindo para a boca, mas em antítese ao mover dos movimentos a boca torna a flectir para dentro numa espécie de vómito do silêncio exterior para o interior, e as mão falam digitando. Mas o suor que não aparece não é bem aceite pelo demais suores e nós disfarçamos-o com perfumes e desodorizantes, mas sentados junto ao ar condicionado para não mancharmos a camisa, e em contrapartida a alma coze-se sem o perceber doutra forma na electricidade estática.
No suor do terminal da esperança existe um homem que o tem que aceitar viverá sempre do suor do seu rosto e não terá que se envergonhar, não pelo principio de perfumar o mau cheiro mas por o princípio de cheirar .

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A PEDRA E A ACADEMIA

Era fim de tarde mesmo já noitinha. Chegava a casa acompanhada de meu pai. Dum carro ouço chamar o meu nome (alcunha) - Pipa!
E o mapa celeste acendeu a discussão momentânea com a certeza que pelo menos quem manda no nosso céu é a estrela polar. A conversa passa e recolhemos-nos ao caminho de cada um. A nossa conversa começou faz dezenas de anos como quase tudo na vida por acidente enquanto dissertava umas baboseiras mais ou menos poéticas sustentadas pela volatilização do absinto que consumia na altura. Não faltaram anos de livros trocados e perdidos ;) não faltaram conversas que me amadureceram intelectualmente nas aulas perdidas dos bancos da escola.
Um dia veio a "Academia" desse meu amigo, de uma forma ou de outra os seus termos passaram a ser mais "sérios" como que castigando as minhas"pobres" palavras poéticas. Esse meu amigo tornou-se num filósofo. Fizemos um monte de patetices em nome da conduta intelectual que pouco importam para o assunto, mas também nos espraimos na cadeira do saber conseguindo alguns silêncios de não acrescentar senão estraga.
Não foi só o meu amigo que mudou. Faz uns abracei a via do Dojo, mais concretamente a do Karate e consegui finalmente dar resolução à falta de condição disciplinar da minha vida. Explico-te? - Não fazendo da disciplina um sistema (isso seria filosofia) ;) ela passou a articular a minha vida duma forma mais rigida no corpo mas mais harmoniosa duma outra forma.
Como as pedras do parque municipal, redondas na sua suspenção etéreo mas firmes na sua virtude.
A Academia também assenta a sua Pedra, noutros valores como o conhecimento cientifico das coisas e até em valores altruistas de servir a humanidade e ainda assim o é (antes de nos tentarmos ou nos tentarem).
A Pedra e a Academia diferem na vontade que as faz ver o mundo, uma para dentro dos olhos na planação do ser de tudo que a compõem no uno e a outra firma na dissecação do mesmo para o manter, o uno rifiro-me eu. É isso míudo de que te falo.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

O PECADO

Já te sentis-te sujo?
Não é mais do que isso. O pecado existe na nossa crença seja ela qual for, e a parte mais dolorosa é que existe aos olhos dos outros e o problema é o que fazemos com tudo isso. Não vou falar demais, lembro-te apenas do bom ladrão na cruz ao lado de Cristo. As suas vidas não são paralelas mas cruzam-se na tangência da crucificação pública. O bom ladrão reconheceu que não era digno de estar na mesma cruz de Jesus. Outros o fizeram sem o abandonar com a crença da paz nos reinos dos céus.
Não sujes o evangelho com o pecado de o temer. O verbo é apenas um caminho para a libertação, e a libertação não e uma série compacta de definições é o livre arbítrio que Deus deixou a Cristo Homem e aos Homens seus irmãos. Muitos homens conversam, muitos poucos edificam não sei serei o melhor dos Cristãos para te dizer isto, mas acreditamos nas coisas que existem e não existem e por elas somos condenados ou salvos; como ver uma alma num muro na madrugada da noite que se edificou.

sábado, 23 de julho de 2011

SÁBADO

Ainda não e Domingo. O meu judeu portou-se mal mas precisava do vento da vela.
Um dia parti , e na volta descobri que deixei a âncora donde tinha partido. Algumas terras não muitas, mas também não poucas, o mundo une-se no cumprir da volta e a saudade são as outras escalas que fazem a melodia.
Há quem cante para saber o caminho, há quem cante por ter medo ao silêncio mas hoje é sábado e algum mundo cumpre tradição. Voa amigo nos caminhos como eu macaco levo a harmonia no salto, e toda a criação se empenha na diversidade.
Cantar sem voz sem cair na tentação do soprano, eu diria que são muitas as canções de Babilónia num só céu.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

O NOVO TRANSE

Mil galáxias fazem os cinco planetas. Os cinco planetas fazem o incontornável. Os planetas regem a gravidade e a ordem cresce procurando um onde aonde viver. Estamos em transe, o frio "glaciar" da Nortada leva-nos a confusão da esplanada mas salva-nos dessa luta odiosa pela energia e assim sabemos que é Verão.
Há uma música que toca vem dos povos que ainda rezam a eternidade e nós que já não a sabemos de uma forma no reagir espontâneo procuramos-a em sentidos mais materiais do cosmos. As cidades sem nós são apenas um templo vazio. Alguém se esqueceu da nossa.
Caminhamos na selva do concreto numa fonte periférica os sonhos antigos ainda são canção, mas a vida que o homem inventou de novo no novo levam-nos daqui. Uma novo mapa celestial?
Gastamos milhões em infraestruturas para fazermos a rede metropolitana do Grande Porto, coube-nos alguma coisas que pensamos obsoletas mas o sonho do cartão da rede por exemplo Andante (CP+SCTP+Metro) permite-nos pequenas viagens de tempo não muito caras se olharmos para o absurdo que gastamos em energia em coisas supérfluas como irmos levar o cão a mijar de carro, podendo começar por aí uma pequena forma de cidadania.
O resto que está perdido é como aquela casa sozinha do monte onde chega quem quer a terra, a mão de todos com a boa vontade fará erguer o que queremos.
Penso que devido à densidade populacional a que foi sujeita faz todo o sentido, ela poderá ser a salvação para a periferia deserta que avança. Ahhh! Os poderes do núcleo são excessivos, talvez, mas no átomo também existem condições nas trocas periféricas, não podemos fazer a "Metropolis" sem os dois.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

ISTO SÓ VIDEO

Este poste tem um quanto de antigo. A tecnologia que o moveu já tem uns anos, é um must da rede mas na razão clara da óptica da liberdade do íntimo terá que ser pensada.
Existem dezenas de portais um mais suportados pelo main stream do que os outros onde muita das vezes até duma forma ingénua colocamos dezenas de vídeos sobre aspectos íntimos das pessoas, tirando-lhes a liberdade de ter um sorriso no anónimo (para não me lembrar de coisas mais horrendas que podem comprometer as suas vidas pessoais, sociais, e profissionais por um simples acto jucoso).
Depois já era, e como dizia a canção "Video kill de radio star", e são dezenas de milhares de vídeos a imitar a mensagem original ou gesto original por os quais os portais que os mostram querem usufruir sem pagar os direitos aos artistas.
Também é um canal publicitário e de pequenos filmes que todos os dias nos são sugeridos para ver quem se ri de quem. Não sou parvo. Também me rio de alguns mas assumo a ignorância de não saber de quem me rio, e o resto da história já é conhecido onde todos os domínios que entram na ciência da publicidade não o importa o meio mas o fim de estar mais tempo no ar.
Um portal que não conheço e perdoem-me se já existe e que gostaria de ver era um portal com esses pequenos milhões de filmes que a liberdade da tecnologia nos deixa sonhar sem a pressão do tridente. Isso sim era vi...Deo.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

O CAMINHO DO CEGO

Um cego caminhava numa noite escura com uma lamparina. Caminhava lentamente mas seguro da sua luz.Alguém se cruza no caminho e estranha a ceguez e pergunta-lhe:
- Se és cego porque levas a lamparina acesa?
- Apenas para ninguém vir contra mim...
É uma história oriental. Preciso de a contar hoje para me lembrar duma coisa importante. O que vêm os olhos sem o coração? O coração é uma máquina é certo, mas sem grande ajudas aperta quando sente. Qualquer coisa de alquimia? Mais simples.
Caminho desenfreado no paradigma dos prédios e dos edifícios encontro a sede e o meu vareiro sábio diz-me no seu mar da tranquilidade:
- Não vás na maldade!
E eu como o cego desligo-me desses olhos mas não evitando por vezes o regresso da maré negra.

terça-feira, 19 de julho de 2011

MAIS UM POST(E) SENTIDO

É estranho começar sempre a olhar para as teclas. Mas ainda ontem comprovei lembrando-me do primeiro trio de medalhados do atletismo português Carlos Lopes, Rosa Mota e um atleta cá da terra muitas vezes esquecido António Leitão (um gajo é da rua onde vive ou não é).
Antes de começar temos que nos decidir. A força do concreto a vencer é a locomoção do objectivo, temos que nos meter na onda para a encontrar. Essa paz vem da decisão, sem ela o medo toma conta do empreendimento. Não é apenas querer é a conjugação metafisica do cosmos. Depois é o pleno levitar no desejo que nos faz correr.
Estava mourrinã a cair a noite e eu sou o filme lento da marginal crescendo raízes num post(e) sentido.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

A CERTEZA DA INCOGNITA

O mar parece vazio. Um navio nele é uma esperança para a solidão. Estou só (mas não sozinho) sem sinais das bóias para navegar. Não sei se o fantasma sou eu ou se tudo é assombrado. Os e-mais do custume com cripto-mensagens a adivinhar o posto do poiso dos búzios, poucas páginas visito, poucos vídeos vejo, pouco pouco tudo.
Resolvo a equação, são muitas as operações. Está vive duma variável. O que me faz manter aqui?
A incógnita que ainda me trás aqui é o silêncio por adivinhar. "Dá-me um sinal para voltar?" - cantavam os Xutos, mas fico indeciso na volta da resolução porque a equação chega sempre ao fim acertada ou errada e o absurdo é o valor da incógnita.

sábado, 16 de julho de 2011

DESPERTARES

A vida é bela no sono e completa no despertar. O sono que não nos deixa ver, como aquela sombra em que nos reflectimos no escuro. Quase todos os povos acreditam na iluminação, penso que não é nada um fenómeno de ocorrência de trovoadas mas um passo mais simples que ouvir a luz que o sono apagou. Fé. Diria que sim para onde a quisermos transpor mesmo na vida sem grandes crenças a luz do gesto seguinte é o principio da caminhada. Acreditar não é fácil, errar é humano e custa-nos aceitar os erros dos outros que também são os nossos mas não os conseguimos ver. Deus faz essas brincadeiras connosco evitando assim grandes tragédias.
Depois do depois tem de vir a humanidade ou amargamos nela.
A Rede Social assim o faz muitas das vezes substituindo o verbo pelo alimento salvando-se porém o altruísmo. A Rede pode ser engenhosa na sua fabulação mas na sua maquinação perde-se por vezes a luz do íntimo pela força invertida da inteligência.
A verdade não é o caminho da dor para nos salvar é apenas o despertar da liberdade de existirmos sem nos acorrentar-mos na mentira.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

TODOS OS DIAS

O dia pareceu-me enganado (nunca temos tendência para acreditar no engano relógio e o tempo a passar é anacrónico). Passa a varina. Bom dia que mar leva? O mar que eu encontro uns minutos mais à frente.
Já fui um ser errante da noite, ainda ontem voltou no desenho feito antes de o sono químico me tombar e então encerrei-me nesses sonhos que já não tento adivinhar por me serem impostos como que uma má paga por estar vivo.
Agora sem a força cerrada do conjunto, vivo com o sol. Por vezes (já foi mais raro) vejo o seu amanhecer levar a preguiça boa para o céu, derreto a menina dos olhos pela tarde e guardo-o a ir embora na magia que impõe retrato, como se toda a poesia não fosse mais que uma cara quente.
O corpo bebe do sol mais do que a comida se o levar-mos a eito a vida por mais dura que pareça, nas meninas madrugadoras e cheirosas do banho que rumam à estação para o emprego na madrugada que novamente se faz cumprir. Algo de estranho leva o tempo parece que se apressou com as nossas vidas e quem fica à margem (existem muitos) com o cair do mesmo fica imune à febre da corrente, alguém mexeu no jogo dos planetas.
Todos os dias a rede contínua a insónia na luz perfeita do monitor que embebeda a rotina.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

A EVOLUÇÃO DA REVOLUÇÃO

Os ventos do tempo pedem sempre revoluções. As revoluções fazem-se acreditando no sonho de um mundo melhor e na pior das hipóteses na crença duma ruptura com o que já existe muitas vezes sem o pensamento de implementar o bem comum.
Muitas revoluções algumas com centenas de anos continuam-se por fazer cumprir. Ainda estalava o chicote dos Faraós faz tempos de história e dá-se a primeira greve (que pelo menos eu conheço narrada pela Bíblia) dos trabalhadores das obras faraónicas protestarem com as condições de trabalho devido à forte exploração na especulação das matérias primas que lhes acabava de tirar o pão. Outros homens santos e sem capela edificaram condutas pela luta mais fiel da história da humanidade a de ter uma vida digna.
Em que fica a revolução? Nesse tombo cíclico fechado de voltas cegas quando caí a dignidade e nos fazemos levantar por ela presa a esses ciclos económicos frutos dos fluxos dessa prática exaustiva que nos vende a igualdade do consumo em vez de nos fazer usufruir o bem comum (por muito lírico que seja).
Ainda há 50 anos num país que se dignava ser o porta estandarte das lutas pela liberdade os negros não podiam usar os mesmos autocarros e escolas que as pessoas de cor que se dizia certa. Não quero levantar um ódio ultrapassado a (r)evolução fez-se e ambos os intervenientes deram filhos ao bem comum no caminho certo que a humanidade se tem que encontrar, raça humana? espécie humana? diria que palavra certa será ser humano.
Quero eu dizer com tudo isto que não precisamos de novos sistemas para cumprir o sonho revolucionário o da vida humana com dignidade ainda é distante até em algumas portas perto de nós.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

A MALDADE

Encontro-me sem mim, como que ás escondidas. O mundo é esse lugar de forças orbitais onde todos praticamos acções. Falar da Bondade é difícil ela mesmo se não for uma acção concreta digamos que fica no domínio dos bons pensamentos (que são precisos mas não suficientes).
Preocupa-me outra força a do domínio da maldade no reger das tecnologias de informação. Elas são uma tentação de criar factos apoiados em pseudo-realidades como por exemplo uma imagem até verdadeira com a legendagem errada pode provocar danos graves nas nossas vidas e sobretudo nas nossas crenças ideológicas-espirituais. Fora das tecnologias a vida também o era assim, desde o principio que a mentira acompanha a terra, algumas salvam-se na redenção se bem que desnecessárias como mentir para salvar alguém, quero eu dizer que não nos conseguimos livrar da mentira é uma verdade diria absoluta, mas a doença da maldade reside em fazer crença dela como um poder que nos torna um super-herói invencível.
Depois como lei antiga é o olho por olho dente por dente e como dizia o pastor baptista americano - Martin Luther King, ficamos todos mais cegos. Apenas queria dizer que as maldades não se apagam com maldades (e nem pensem em relaxar e dizer que tem que ser assim), é assim que caminhos todos para o abismo sem pensar que ele é a própria verdade, salvando-se quem um dia despertar para ela antes de cair de vez no chão. Depois disso a vida corre como os chats no principio da web é um tombar e levantar por falha de rede. Amén. :).

terça-feira, 12 de julho de 2011

A REDE DOS SONHOS

Todo o homem é também um grande ilusionista. Aprendi-o também faz anos num filme do Sérvio Kusturika. Além da capacidade de sonharmos temos a necessidade que também as pessoas compartilhem os nossos sonhos na sua maior simplicidade como por exemplo o sonho de ter um filho ou numa forma mais complexa como por exemplo um movimento cívico.
Existe toda uma rede de sonhos que se alimenta de si mesmo, a mensagem que no momento sós nos faz sorrir, o email que chega com noticias daquele alguém que precisávamos de ouvir, o gesto que convida ao deleito na rede do etéreo e que nos continuam a fazer sonhar ou na pior das hipóteses mudar de "conta".
A grande ilusão ainda nos mantém aqui fazendo da janela o ponto de fuga para a vida, substituindo as ferramentas convencionais de trabalho, sustentando os relacionamentos sociais para os quais deixamos de ter espaço e tempo para os fazer cumprir, ou o simples absurdo de procurar o infinito ainda é a forma mais barata de viajarmos numa máquina do tempo.
O ilusionista olha para dentro de si e já não sabe o que segura, se a ilusão da saudade ou a saudade da ilusão.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

A RAIZ E A MEMÓRIA

A nossa herança cultural é a raiz que abraça a terra, sem as mesmas e só em experiências hediondas comportamentais, não conseguimos viver. Ser anti-social? Demasiado complicado num mundo em que a vertigem do tempo acelerado ao ritmo dos frames e do que está In e está Out na coluna do Opinion Maker (e eu também o sou na qualidade de Blogger digo-o para não esquecer da importância na eventualidade de alguém ler isto) num espécie de cultura do vácuo, não a digo uma não cultura...mas estranha. Mas inverter o sentido crescente da rio descontrolado na sua enchente (comportamos-nos até estar fartos e na ruína ou na desgraça mudamos de opinião) podemos e devemos ficar à margem.
Não o digo numa atitude vertical nacionalista, comporto comportamentos extra raízes primárias dos quais não abdico na força do meu ser, que nesse estranho modo são raízes ou melhor são o prolongamento das raízes das quais cresci.
As raízes são a sede da vida e a memória a terra que lhe dá a seiva, a terra é esperança em todo lado e para todo lado crescem as raízes.

sábado, 9 de julho de 2011

O DIA A SEGUIR

A rede na sua calma éterea é ao mesmo tempo uma coisa vertiginosa. Estou calmamente à procura do que vos dizer e no entanto sei a sombra que me segue pintada com a desgraçada como se todos os lençóis de mundo ao sol estivessem por lavar. Cantava a Diva faz muitos anos aprendi-o faz uns tempos a perceber os versos simples dela. "Povo que lavas no rio / Que talhas com teu machado / As tábuas do meu caixão./Pode haver quem te defenda,/Quem compre o teu chão sagrado, / Mas a tua vida não.". Quando se faz um exercício escrito como "blogar" quem o faz no acto de sustentar uma tese por tese no exercício do verbo, ou acaba numa doutrina vazia por a exercer sem a crer e querer ou então abre as portas do ser sem medo do que o possam gozar um pouco como o rei nú que passa sem as vestes mas e no entanto acredita que as tem.
O dia a seguir começa sempre em forma de ressaca será dos sonhos? Melhor bebedeira não há.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

O COMPROMISSO

A vida escolhe-nos para desempenhar-mos papéis para além do que somos realmente. Não podemos viver sem desempenhar o social. O social é uma coisa complicada, não dando mais importância do que realmente tem não estou a falar da vida que fica entre chavetas no retrato da revista somos feito de tudo um resto de acções das quais não se mede a importância de grandeza. Todos os dias a soma de acções fazem o desempenho do actor nas redes sociais (acho que já não me dou ao trabalho de distinguir as "reais" das "virtuais".
A vida escolhe-nos para um compromisso sério, não estou a matar os "filmes" pelo contrário precisamos de filmes sérios, o ego não pode ser entendido como uma coisa nefasta. O ego da força da verdade no compromisso do real faz maravilhas a qualquer ser humano.
O compromisso pelo real pode ser uma coisa simples como o bom dia a um vizinho que cruzamos faz anos ao descer as escadas do prédio e de que lhe apenas conhecemos o ruído dos canos e crescer em mais laços livres de nós cegos, o compromisso de sermos fiéis ao que realmente é importante (e isso é o íntimo de cada um).

quinta-feira, 7 de julho de 2011

O DILEMA VERDADEIRO

Abrir a mão e deixar um mosquito pousar. Calmamente fitar a sua fisionomia, as duas asas compridas a cabeça e o ferrão com o qual bebe a vida e com qual também mistura as vidas que conhece. Ele ainda pousa na mão, e agora fito-o pensando com o medo de ele me morder que melhor será mata-lo antes que me ataque. O medo é uma coisa terrível por causa dele pensamos em formas de retaliação conquistando o medo dos outros. O medo de pessoas de outra cor, de outra sexologia e de outros pensamentos políticos e sociais leva-nos a reagir por desconfiança na acções mais puras. Medos de infecções, medo de deixar-mos de ser iguais, medo do medo.
O mosquito não sei o que pensa. Talvez em sobreviver. E eu faço o mesmo por razões de sobrevivência são o nosso maior predador.
Tenho o mosquito na mão ambos sabemos da luta por viver e o que nos segura da morte é o frágil fio da paz de acreditarmos um no outro.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O PRINCÍPIO REGENTE

O universo ainda nos é uma incógnita. Não no princípio da abstracção esse que desafia todas e quaisquer leis da física por o principio livre de o imaginar. A dúvida reside na regência e na ordenação e classificação do mesmo. Bebendo a bíblia o criador não usou o grande passo de magia para criar tudo duma vez como os físicos gostam de explicar na teoria mais popular conhecida por Big Bang, talvez as duas sejam uma ilusão de si próprias para explicar o milagre da vida.
De todas elas, depreendo que se tentou dar um principio regente ao caos. Será mais confortável termos um Principio Regente que nos faça evoluir?
Explico-me. Na linguagem temos anos de estudo para compreendermos o que dizemos e o como o dizemos. Sabemos o código. Mas como na estrada os movimentos são inseridos num sistema fechado de regras mas não o pensamos analiticamente para o fazer cumprir. Assim começou a linguagem no suspiro da mulher, no grito do homem livre de todas as palavras e até do significado que se encerra em si próprio.
A evolução e não me percebam mal se não for encarada de forma espiritual (por tudo estranho e místico que possa parecer) não passa de uma tentativa de dar formas sem conteúdo como um homem encerrado nas suas próprias questões que não nos abandonam via deontologia (quem sou, onde vou...) no entanto todo homem tem o direito e o dever de dar respostas ao seu tempo.
O Princípio Regente é a caixa de pandora da Evolução e tenho medo de dizer isto.

terça-feira, 5 de julho de 2011

PRAIAS SEM REDE

Fazia uns anos de branco escondido dentro do meu chapéu. Esqueci-me dela noutros amores. Fazia anos que não me sentava no mergulho do fim da tarde reluzente no meio bronze. Pelo meio conheci algumas no pó do caminho paradisíacas.
A praia ficou perdida da adolescência e salvou-se no sonho inconsciente mais puro de surfar ondas, cada vez mais e maiores. A mentira é um grande mal, quase sempre temos a tentação de acabar de nos acreditarmos nas próprias mentiras por muitos fortes e conscientes que sejamos, mas salva-se a mentira que nos segura na tona da vida no mar da inconsciência.
Fazia há uns dias uma praia desconhecida lembrando-me quase sempre a da minha porta e enquanto caminhava uma gaivota lá dos céus bombardeou-me com as suas fezes. Não fiquei chateado, nem pensando na pouca probabilidade daquilo ser obra do caos verdadeiro, não me alonguei em especulações fiz peito e mergulhei no mar que magicamente me limpou do sucedido. As gaivotas continuam a ser maltratadas. Roubamos-lhes o habitat e damos-lhes as lixeiras em troca compreendo a sua revolta.
O mar uns metros mais à frente deu-me a graça de me levar numa das suas ondas e eu remei nela na força de acreditar que também sei deslizar sob as águas. Saí de peito feito cristalino na pureza da onda que me levou.
Na minha praia, a que fica no lugar onde vivo ainda é diferente, embora o esquecimento nos empurre para um revivalismo de "galifões" que não trazem os beijos (búzios) à areia.
"A rede das praias sob o sol de verão" e as praias sem rede são uma tentação.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

CAPS LOCK

É tempo urge desligar o grito no marasmo. É uma coisa mais ou menos geracional que se vai perdendo na luta infundada dos sonhos juvenis de quando acreditar é uma coisa colectiva, nem que seja num sonho difuso do estalo etílico na partilha de uma garrafa. Depois são cedências após cedências por o emprego, por a namorada e ainda por os filhos e assim morre pensamos nós a escrita. As letras maiúsculas ou a grande escrita ensinam-nos que a passagem do tempo é assim como uma espécie de conformismo crescente apesar de alguns felizes. O que faz manter os clássicos?
A formula mais ou menos sagrada dos princípios da novela com os seus atributos sagrados que com os seus cânones ainda se fazem manter agora ainda mais magicamente divulgados com o suporte cinematografo. Sempre existe o valor próprio da narrativa que flui de verdade sem a espada cortante da profissão. A humanidade caminha para um princípio ilógico que para tudo serão preciso habitações para se poder exercer a ela própria. Cursos para ser humanos? Soa estranho.
Poderia ficar ferido na condição de classe como se fosse ela a luta para resolver, mas depreendo que o que existe reinante é o medo das coisas livres em detrimento das habitações competentes (para não me amargar no alongar do pensamento).
Sem me perder no raciocínio e sem perder a magnitude do que realmente importa, escrever o romance é apenas fazer unlock do CAPS LOCK e o resto é tudo como a maldade desta vida se nos distrairmos do que ela realmente é... vender tudo a qualquer preço sem o verdadeiro apreço por as coisas que nos fazem de verdade.

sábado, 2 de julho de 2011

A MEMÓRIA DA REDE

Memória. A capacidade de armazenar dados e sentimentos ser ser necessariamente conhecimento, é capaz de ser o principio de todas as tragédias mesmo com a intervenção divina dos Deuses. Abro a manhã estendo o livro no quintal, o cheiro intenso a perfume deixa-me enjoado talvez por o conhecer de algum lado ou imaginar isso, varrendo os neurónios em busca de uma pessoa para o materializar mas ele é apenas uma armadilha da memória podendo na pior ou melhor das hipóteses ser um pensamento varrido em volta do esquecimento.
Agora o digito no computador em busca dela, mas a memória é como uma musa tem comportamentos estranhos fazendo-nos ir atrás dela mas só ela sabe onde vai parar na conjugação da informação que nos transmi-te e aí deixa de ser ela e passa a ser mais uma função em execução. Teremos a memória cheia? É um pouco infundado , os computadores comportam-se da seguinte maneira enquanto escrevem espalham as suas informações em toda a extensão do disco deixando espaços livre de escrita mas comportando-se como adquirida em toda a memória. Por vezes temos que proceder a uma desfragmentação ou seja analisar-mos e arrumar os dados para podermos novamente raciocinar. Tem também o nosso cérebro esse poder analítico criando esse comportamento para nos protegermos de psicoses ou de problemas ainda maior por saturação do comportamento viciativo do pensamento como um campo de minas onde todos os dias passamos com os pés tentando passar ilesos ao sofrimento na selecção de boas memórias.
A memória da rede também tem o seu comportamento colectivo como um extensa rede de computadores, existem sentimentos e factos que não produzem flores no canteiro da memória sem o impulso extra-pessoal fazendo deles apenas espaços preenchidos como éter numa garrafa deixando-nos alucinados no vazio da memória.
A rede é impiedosa tem comportamentos piramidais assim a definiu a geometria dos primeiros tempos, SISOP outros poderes e contrapoderes que nada parecem a ter a ver com a memória, mas ela é o cerne da operação, sem ela nada opera tudo se transforma numa máquina sem coração e essa é a mais terrível e trágica das memórias.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

A REDE DE SUPRAMERCADOS

O dinheiro é capaz de ser a invenção mais viciante da humanidade. Como todas as invenções o vício vem da utilidade, quanto mais útil mais apetecível. Da ideia apaixonada de trocar um pouco de comida por uma concha bonita da praia como se supõe tudo ter começado levamos tudo um pouco mais a sério desde há muito séculos, as moedas das primeiras civilizações, o papel franquia chinês ou as divisas romanas e transacções multi-bancarias com deslocação do capital para outros lugares sem o ter que deslocar propriamente dito inventado pelos templários na primeiro grande destino de peregrinação - a terra santa -pelo menos para a religião da cruz .
Com o dinheiro surgiram os mercados primeiro em pequena escala à economia regional, depois se espalharam em grande poder taxativo como foi o caso do império romano que usava por exemplo o trigo como pagamento ao seus soldados mais importantes nas suas caminhadas pelo alargamento do império o reste da furtuna lá se resolveria entre saques e troféus de guerra.
Os mercados mantiveram-se mais ou menos iguais até ao aparecimento do sistema bolsista que fez do dinheiro uma coisa ainda mais estranha do que já era até aí especulando um jogo de sorte ou azar e pouco realista e como já o disse aqui assente no valor das matérias primas.
Por fim e ainda vieram os supra mercados que fizeram uma coisa, não me queixo do mal em si que também é um bem, mas o mundo passou a ser desenho para que o "consumidor" (e somos mais ou menos tratados assim por quem pensa nisto e eu próprio já pensei assim) se deleite nas maravilhas desenhadas por as mentes criativas e pelo tridente psicológico criando-as como se fossem uma necessidade verdadeira. O "pecado" se é que alguém se importa com ele é o desperdício de matéria primas nobres que para as termos poluímos significativamente o planeta para nos dar-nos ao luxo do absurdo quando ele é mais gratuito que isso.
Os supra mercados salvaram uma grande parte do mundo da fome e da miséria (e ela é uma coisa discutível porque felizmente é composta por dois valores inseparáveis com os quais nos salvamos ou corrompemos o valor material e o valor espiritual) tornando-nos confortáveis na necessidade, talvez confortáveis demais por deixamos de ter o suor delas (sei que isto é uma coisa antiga e desprezível para a maior parte das pessoas), deixando-as de as respeitar como parte do planeta tornando-as parte do seu lixo (coisa que para a mãe natureza é indiferente a criação lá continuará indiferente sem a humanidade apenas um pouco mais pobre com os crimes cometidos por ela, mas também nós jogamos o jogo da sobrevivência com a esquizofrenia do pensamento que somos os seres superiores ) .
A rede dos Supramercados ajudou o homem a quebrar fronteiras imagináveis na sua liberdade ainda estamos a tempo (eu acredito) de não nos tornar-mos prisão dela.



quinta-feira, 30 de junho de 2011

A REDE DOS SINÓNIMOS

Quando parece que temos o mundo materializado num vértice de linguagem a geometria da figura faz-nos cumprir a função da rede nos seus sinónimos. Partindo para uma pequena brincadeira por exemplo na figura do cubo ficamos definidos nos seus oito vértices descritivos. Todos são sinónimos entre si, mas se o sistema se encerra no conhecimento do mesmo o que dizer do conteúdo encerrado que o preenche que nas suas formas e fronteiras fazendo o seu conteúdo.
Na rede de sinónimos trocamos o conteúdo da semiótica das fronteiras pelo abstrato semântico das palavras podendo transfigura-las se quisermos ser amigos do caos numa rede infinita de palavras como uma busca terrena de uma alma gémea.
E assim barco pode ser navio não obstante de não quererem ser necessariamente a mesma coisa.
A rede junta-nos como sinónimos para além da abstracção dos conteúdos que todos parecemos e tornamos ser.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

A REDE DE S.PEDRO

A rede é algo de bom feitiço diria eu. Não sou muito bom a cumprir promessas (pelo menos algumas delas e outras lá as pago com o passar dos anos tenho essa coisa no sangue da paixão latina de ainda me emocionar ao ver passar a Santa da terra nos dias de festa), no obstante fiz algumas que não cumpri e dou graças à parte fraca pelas coisas boas e más que daí vieram.
Prometi (ou pelo menos uma pessoa me fez lembrar disso) que nunca iria conhecer ninguém através do "chat" coisa que não foi possível, por ele empreendi pequenas e grandes relações que duma forma ou de outra marcaram a minha vida e os relacionamentos pessoais. Prometi nunca escrever um blogue (ou pelo menos lembraram-me disso) e já vou no segundo e tenho-vos a dizer não pelo resultado do contador mas pelas horas amargas que aqui diluí a fazer concreto da abstracção. Não me recordo de mais promessas digitais por cumprir, mas a rede terá sempre as suas tentações importantes e éticas.
Hoje estou como S.Pedro neguei-me e neguei a minha fé faltando ao compromisso que se estabelece por vezes com a vida, Cristo sabia-o e mesmo assim lhe deixou a rede da sua Igreja.

terça-feira, 28 de junho de 2011

A IDADE DA INOCÊNCIA

A primeira vez. A primeira vez tem o sabor acrescido da inocência encontrada diria eu além de todos os outros. Eu sabia dela fazia alguns tempos, lia nos jornais, nas revistas nas conversas optimistas entre amigos fazendo do sonho um pouco mais abstracto do que concreto mas no entanto, e como imaginar uma alunagem um dia materializou-se.
Quando era miúdo e os preservativos se chamavam camisa de Vénus imagina-os como uma estranha camisa que se vestia para tudo correr bem com a meninas perdendo a inocência uns anos mais tarde fazendo rebentar no chão do recreio do ciclo como um balão.
Um dia chegou a minha noite, não tinha bem a ideia de funcionamento do que poderia fazer, ver o correio que não tinha, entrar num "chat" que ainda corriam mas na imolação do Mirc que nunca consegui perceber, o Sapo ainda era um sonho universitário e o Terra-à-Vista se bem me recordo era o Farol da Costa.
Era o princípio da web. Quem não sabe navegar fundei-a o barco. Estava-mos os três cá da casa e eu lembrei-me ó digita aí www.wired.com. E assim me senti parte de qualquer coisa o princípio de materialização. A rede parece sempre o mesmo mas nunca perderá a Idade da Inocência.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

A REDE DO CREDO

A rede vai-se percebendo na realidade descontrutiva do parecer no seu encontrar. Poderia sintetiza-la de morte no seu caos mas nenhum homem tem o direito a isso. A rede avança como a linha listada da grande estrada que divide a vontade do circular de fluxos contrários. E estou, estou apenas sentado esmagado pelo tecto (não sei se me aconteceu apenas a mim mas o céu deixou de ser estranhamente azul) meio pedrado com o doce do açucar e o amargo da cevada em busca de mais um peixe, por vezes conjuro-me na existência cristã sem me perder na aspiral neurótica de ter que me provar a existência de Deus sabendo que Cristo foi um homem que deixou o seu verbo, e eu entendo-o como dívino (não bastante o obstante).

segunda-feira, 20 de junho de 2011

A REDE DO ABSURDO

Estou no Sul sem me livrar do abstracto. Perco-me no azul do céu em busca da paz de sempre e sei que a vida não é muito distante do vôo que me segue distância. Sei das gaivotas e aqui ainda é Atlântico busca a porta de outro mar.

A família distingue-se por certo na matriz da raça, mas a raça não é certeza de fazer um povo. Também voei na asa aberta da corrente da despedida do Navio - Éeeee Láaa, Boa Sorte! e a gaivota "distra" na beleza do alto mar. Torno a voar antes que me chegue a terra, não tenho casa guardo o ninho, não tenho ovos dou o carinho e a rede volta um dia no dissonar.

A rede faz a fala, a fala faz conteúdo se soubermos que o mar da rede é mais do que o seu absurdo.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

A REDE DOS CONHECIMENTOS

O conhecimento é um pouco como o urânio, na sua génese um elemento da natureza, nas ideias e nas mãos erradas do homem podem-se tornar em bombas atómicas. Serei mais um louco na avenida de megafone a anunciar que o fim está próximo ensanduichado entre dois cartazes gritando que no principio era a luz. Sim a luz que revela as letras e as conjumina, o saber das operações matemáticas o saber que nos permite orientar no mundo difícil.
Não querendo fazer passar por o conhecimento em si, desconfio por exemplo no exercer dele levado ao código de especulação máximo, como por exemplo na regência da Bolsa de Valores quando com o poder de análise de coisas que são completamente abstractas e falíveis como os seguros (nunca se sabe o valor do caos do sinistro por exemplo logo a base especulativa é absurda, mais ou menos :)...), na cotação de matérias primas que foi mais ou menos como tudo começou e essas ainda se tornam uma equação sinistra maior podendo por exemplo uma crise de parasitas assolar as árvores e destruir a madeira, sem querer continuar e passar por profeta da desgraça mas recordando que toda essa economia mais do que conhecimento em si (por mais relatórios que se façam (e como diria Camões o mundo é mesmo composto de Mudança) é feita de pura abstracção especulativa. Esse conhecimentos e eu nem ninguém está livre deles para viver a vida acabam no mau conhecimento do mau corporativismo. "O conhecimento é poder" e a rede sabe disso...desculpem acrescentar....Deus nos livre da tentação!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

RUN: THE TIME

A rede do nada expande-se nessa dúvida de dilatação-contracção contínua. Alienação necessária para encontrar o fluxo dos seus sentidos. Procuro um tempo para falar, ainda ontem pensei depois de escrever que são os homens do passado que fazem o presente dos presentes. Estaremos mesmo a fazer algo de novo ou a fazer o mesmo de sempre com mais liberdade na educação guarnecidas com "a tecnologia quando nasce é para todos (bem diziam isso do sol e sabemos todos o preço dum resort)". Numa perspectiva de homem do Cogito Ergo Sum ou o penso logo existo e falo na qualidade de Blogger o que me difere dum homem das cavernas (para ser pretensioso) urrando ao som polifónico da sua caverna enquanto a pinta com os seus desenhos. O que mudou na qualidade existencial tirando o conforto dos pensamentos e da cadeira. Pouco nada diria eu apenas a eterna função do fazer lei do sistema imperativo da parcela espaço-temporal enquanto se executa: o tempo. A Rede é pré-histórica.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

A REDE NEURONAL

Fazia o comboio com o homem certo da minha turma liceal (ou pelo menos duma parte dele). Lembro-me dum fim de aulas em que ele empreendeu em menos de uns minutos um jogo num velho 48k da Spectrum fazendo o gáudio dos presentes.
Um pouco mais tarde desses delírios no embalo do suburbano trocavamos as primeiras impressões desse mundo que tinha começado não há muito a Rede. Ele tornara-se um homem do "sistema", não não foi trabalhar para o Governo, era engenheiro de sistemas e trabalhava na altura para o patrão da costa - O Senhor Bill Gates eu entusiasticamente falava-lhe das virtudes do Macintosh e de como era feliz na sua simplicidade sabendo do seu poder nas linhas de escrita mas não tendo o poder da palavra como ele.
Uma das manhãs falou-me duma novidade então as redes neuronais e da possibilidade infinita da sua criação que então tinha começado. Redes neuronais?
- Sim uma espécie de tecnologia de encriptação em rede que nos permite por exemplo por o Tom Waits a cantar com o Shane Macgowan (sempre imaginei este dueto :) , a explicação resultaria melhor com pessoas mortas) sem os dois sequer cantarem uma nota. Na altura sei o que me fascinou dando-me tema para algumas conversas "decoradas" por falta de mais conhecimento.
Num mundo de encriptação acelerada nos vídeos (ó Teixeira isto já é outra história) e em outros suportes multimédia as milhares de quilómetros de binário que são poupados por essas redes ou por outras similares.
Mas Pires, que os dois são Migueis, a Rede Neuronal Original ainda contínua com essa alma físico-química que apreende nos terminais neuro-existências que cada vez a sinto mais foragida deste Rede do Éter cada vez mais fria no raciocínio quântico da vingança, talvez por isso nos tenhamos rendido ao calor das "máquinas".

terça-feira, 14 de junho de 2011

SURF IS UP

Eu digito. A suspensão do éter volátil, que como um colibri acelerado em busca do pólen por vezes acaba na abstracção saturada do mesmo. Chama-se a isso a nata de viver ou num estrangeirismo mais delicado saído do contexto para o encontrar a Creme de La Creme.
Quero eu dizer com isto que no princípio da Rede viajava como um surfista à paisana em busca de todo o mar e suas ondas no conhecer cognitivo das suas experiências mas devido ao peso (se me quiserem imaginar sou um individuo calvo a tirar para o "gordito") não me meti em grandes ondas porque não tinha essa disponibilidade e habilidade física.
Querendo dizer com isto tudo que se há uns anos ia a todas as praias fazer mar, vivo agora na onda fechada na esperança do túnel nunca acabar sabendo na parca esperança que as "bebedeiras" acabam em ressacas (e por vezes em coisas mais desastrosas como anti-depressivos), por tal se me quiseres ouvir estejas onde estiveres pára de vez enquanto uns minutos, estica os braços e as pernas fecha os olhos e procura a praia, pode ser essa onde os velhos do Restelo congeminam o fim do Mare Nostrum , se cá estiveres há muito tempo, compra uns óculos de sol e ruma ao Azul para esse café com um amigo.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

INSERT COIN

A rede tem o seu quê de futurista é certo. Uma sociedade "gasosa" materializando-se em coisas estranhas como seus primeiros "Flash Mob's" na sua existência inocente da era do "acaso" virtual. Nunca tive a felicidade de participar num. Mas a sociedade digital já conseguiu hologramas maiores como as primeiras tentativas de lutas "limpa" de encher as caixas de correio dos "senhores do mundo" com milhões de mensagens em favor de uma causa como por exemplo a não muito distante independência de Timor. Mas mais na nossa linha do tempo que vivemos nasceram cidades, sim cidades como me lembro em "Tianamen", outras houveram antes e depois mas chegam-me rumores da cidade da utopia do pessoal do Movimento "Geração à Rasca" que não fazendo gozo sobre a possibilidade de existir por lá uma playstation ou não (eu sei que a piada não cola lá muito bem devido a existirem dezenas de milhões delas portáteis) mas no sentido seguro que quero tomar ou seja lembram-me tudo um pouco as velhas máquinas de Arcade dos anos 80 onde gastava ingloriamente as minhas moedinhas (ainda saquei o recorde da máquina uma ou outras vezes) fechando a sociedade na sinistra frase "INSERT COIN".
Quem dá a ficha para o "plug in"? ou revertemos ao que nos juntou - a Rede Social.
(Não. Não estou a a falar do FacebooK)

quinta-feira, 9 de junho de 2011

OLÁ DONDE TECLAS M\F?

- Olá; donde teclas, M/F?
Recordo-me de como gostava de ver as linhas a passar na retina misturadas na contra-rotação da linhagem do monitor que como a alma é ausente ao olhar. Assolava-me uma doença poética resolvida pelo mesmo vírus com o qual adoeci..."Language is a virus".
Assim como um médium em pleno exercício de função aterrei em conversas étereas sem saber muito bem das abstracções que fazia e que me faziam para não fazer do surreal monstros da má ilusão sem com isso me perdoar na desculpa e me salvar de ser um mas já o era antes do digital e como a vida não difere os comportamentos sociológicos por suportes o mal continuava em mim.
Vértices de polígonos, é assim a chuva da construção digital e se antes errava na alma na procura de carne para acreditar, com outro "script" procuro salvar o que perdi aqui. "Temos que olhar as palavras para além da sua própria função para podermos ir para elas mesmo" - diria W.S.Burroughs mais ou menos assim.
- Olá teclo de Espinho e sou Masculino ( não fazendo do género acupunctura :), mas não me envergonhando dele).

quarta-feira, 8 de junho de 2011

O TRIDENTE DO ETERNO RETORNO

A vida informa-nos mais do que nos ensina alguma coisa, é esse o seu absurdo maior. O caminho da manhã não vê a luz do da tarde. Assusta-nos a segurança dos dados, ter informação secreta parece dar-nos uma força divina como que regendo o mundo dicifrando as suas incognítas na boa certeza de ver as palavras decifradas no dicionário.

Quem não os tem seguros, vive na virtude iluminada de se esconder pelo menos por dentro dos seus pensamentos, mas existe uma fobia crescente de que todos os nossos pensamentos são lidos por uma máquina diabólica qualquer ou sem querer passar por blasfémico talvez Deus se tenha passado para o lado dos informadores e esse tridente global rege a sua lei diagnosticando-nos e automatizando-nos os gestos antevendo a próxima jogada.

Seremos nós o tridente castigador uns dos outros ou seremos como as vagas contínuas da praia que como no poema de quem por cá vive nos assolamos no castigo do eterno retorno que apenas queria assegurar o "paraíso" da memória.

terça-feira, 7 de junho de 2011

"O LÍRIO E O CANIVETE"

Tenho um "ordenador" novo. Gosto da ironia do nome em Espanhol. A mim parece-me uma luta ao contrário por mais domínios de ferramentas que tenho fechado no chavão que o computador tem sempre razão, mas nisso eu rio-me dele não é diferente das pessoas que "me conheço". Mas voltando ao Português, o "Computador" onde se fazia a computação perdida no feitiço dos sistemas agora emoladores edificados num suporte gráfico cheio de funções cripto-linguísticas de funções existências. Agora é mais um canivete Suíço na sua multifunção de nos permitir ter suporte de realidade (isto parece meio estranho), simplificando desde a folha de escrita ao leitor de videos onde exercemos o real.

O resto é o Lírio e ele é a parábola do novo testamento que a deixo por entender na esperança da sua fonte:

"Olhai os Lírios do campo que nem trabalham nem fiam, vivendo no seu explendor que nem as vestes de Salomão vestiam a sua beleza".

Criptando a função como suspirou Natalia Correia.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A REDE SUBMERSA

Faz muitos milhões de bytes atrás quando tudo começou a sensação era de estar a "teclar" com um homem estacionado na Lua. As "máquinas do tempo" espalharam-se e fluíram com a sua estrondosa velocidade em Ego, aka's ou Clãs de jogos de "tirinhos", colectivos de arte mais manifestos e desilusões denunciadas, a rede já era social depois das primeiras "BBS (Bulletin Board system)" uma espécie de intranet onde se conseguiam manter conversas e recolher material informático antes de existir a World Wide Web, mas devem existir dezenas de blogues que vos podem dar mais informação do que eu.
A Rede Social Digital que começou numa linha recta como a esperança da linha telefónica logo se transformou num passar de anos numa "Desesperança" similar à sua vertente real, numa espécie de pirâmide cega onde o topo rege a sua sapiência "cooperativa" mandando o pessoal jogar ás hortas sem lhes explicar quem é dono das terras e para quem reverte esse "tempo de antena digital" que como sabemos (isso já aprendi) é uma forma de fazer dinheiro (e parece-me apenas isso desculpem-me os mais aficionados, mas a verdade é que o negócio nunca passa de moda e eu esqueço-me sempre disso :) ).
A rede está submersa, alguém se lembrou de lhe chamar um grande negócio deslocando o absurdo que consumia-mos em outras plataformas para o lugar onde grande parte ou pelo menos uma parte significativa dela acorrentou a sua vida - o monitor, pensando em vão que estaríamos a fazer o negócio das nossas vidas poupando meios e fundos esquecendo-nos ingenuamente que o principal problema continua por resolver e é o que nos saí mais caro à saúde e ao ambiente...a "energia". Procuro bons ecos digitais no sonar ...

sábado, 4 de junho de 2011

DIGITO CORSIVO

Poderia guardar a escrita para mais tarde, depois da rua com certeza que encontraria um somatório de novas pistas para divagar. Mas a manhã e muitas vezes, quase todos os dias encontro a paz do ser no seu começar pausado depois da primeira vaga do dia pela sobrevivência. Penso no "Digitar", se o homem inventou a caligrafia e fez dela a sua arte mais pessoal ou a ausência dela, fez dela "ciência" no modo da sua adivinhação, lembrem-se por exemplo que em tempos muitas pessoas se conhecerem na escrita personalizada duma carta no desenhar da caligrafia e no padrão aleatório do somar das linhas. A rede cresceu sem calígrafos e copistas no seu sentido lato, cresceu na força do digitar, como um tocador de acordeão em busca de harmonia no teclado do seu instrumento como que por vezes se deixa-se a alma ir ao encontro da matéria que se materializa num outro lugar fazendo possível duma certa forma acreditar no tele-transporte do Senhor Spock mesmo na ínfima distância de quem "tecla" com os olhos no teclado e os procura depois no monitor. "Digitar" também se tornou uma arte mesmo ante da era digital, as escolas de dactilografia foram um bom pronuncio dela, uma forma de pré-história desta arte que o éter agora perde em terreno para essas diabólicas Web Cams que com a ajuda da imagem faz de nós estranhas iluminuras falantes pixeladas. Mas tirem a prova e vejam no que preferem confiar, no escuro sem rosto iluminado pela arte do "digitar" da alma, ou o espectro indefinido deste mundo que nos ensina o fazer imagem do cinema, sou do filme corsivo.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

O TEMP(L)O DOS ARRANHA-CÉUS

O que faz a distância à recordação. Primaveras coradas como raparigas na iniciação, diria-te melhor mas não sei o ritual dessa terra. Adivinho-lhe alguns contornos nos clichés do sempre mas chegar no último dia da monção é suficiente para recorda-la. Eram uma imagem com mais vaselina há uns anos, meia desfocada no sufoco da bebedeira do incenso e na humidade como que dum banho quente, nessa que não se foi embora.
A distância de uns segundos no avistar do encontro e da despedida, a distância duns dias no reino suspenso da eternidade da Ásia que não esqueço, mais distância? Nenhum silêncio de palavras a cumpre.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

O CORAÇÃO DAS MÃOS

O galo manda a razão e acerta o dia no labor. Quando primeiro canta, melhor será ires com ele ver o dia antes que o sol te leve a terra e a seiva. Quando por último grito se cala, vai para casa fazer noite que o sempre agradece. O tempo está morto ou caminha para isso.
Mãos de calo, que começam por bolhas que nos roubam a carne da mão dando-lhe em troca o calo do qual um homem não se deve orgulhar mas a terra é dura e a vaidade (e esta é tão importante como qualquer outra) de ver as coisas crescerem, a medrar na sua ordem faz-nos mais moles nesse calo porque a terra é dura, não por a dureza anacrónica do seu suor mas porque se lhe tem que levar seu feitiço.
A criação tem suas regras, magia e encantamentos que meus avós sabiam como eu sei nos últimos dias (tento entrar "desesperadamente" ver o correio sem resultados" que a terra assim o era muita dedicação e poucas certezas. A natureza é soberana nesse reino e o absurdo não é diferente da civilização do desktop. Meus Avós recebem a sua paz no topo e no fundo das colinas onde a "namoraram" ambos ainda estão como por magia no meio da terra rindo-se com indiferença da que pagamos no fim. Um dia pedi a meu pai, e fui eu que lhe pedi não por castigo mas por pensar que seria o último caminho para as minhas crenças que me ensina-se alguma coisa sobre a terra. Colhi um corpo desajeitado ás sachadelas no caos do esforço sem nexo por falta de saber e de o saber, o labor mas vi a alegria de algo plantado por mim. Quando regresso à terra no topo da estrada que esventrou a serra roubando magia ao bardo trazendo as suas histórias de velocidade e progresso todas as vezes me bate a placa castanha gigante da auto-estrada assinada por Miguel Torga - "Reino Maravilhoso" e fico preocupado com o "céu" que se está a ir embora. Outros "céus" eu sei, não terá grande importância "economista" esse labor e arte do mundo antigo nem o faço com ponta de revivalismo porque nunca o fui um homem da terra mas por compreender que a parte do património que o guiou na sobrevivência se perde por essa economia que não respeita os campos, os rios e os céus e isso não o aprendi com eles mas sei que é sagrado depois acontece-nos como aqueles animais que acabam em extinção...imaginamos documentários na televisão.

"É homem, tem 63 anos e a quarta classe. Este é o retrato-tipo do agricultor português, o que torna Portugal no país europeu com agricultores mais velhos e com menor número de jovens a trabalhar nos campos: apenas 2,5 por cento têm menos de 35 anos." in
Lusa.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

"A REALIDADE É A PIOR DAS REALIDADES"

A realidade está agressiva, ou melhor tomada de assalto. Tirando a manifestação que hoje pontual na "minha terra" preencheu a realidade com mais uns metros de placards e bandeirinhas laranja trocando as figuras de cromo (por esse passo eu sempre na qualidade de mais um aleanado da cidade) com os rapazes da propaganda política e seus líderes. A "minha terra" ou a terra onde eu vivo não sei muito bem não tem grandes monumentos, grandes indústrias (já as teve é certo) mas tem algumas tradições que a suburbanidade periférica as fez diluir não penso que seja uma coisa necessariamente má apenas mudamos de morfologia social sem querendo fazer disso nenhuma guerra de classes mas mas de novos interesses instalados no poder de sempre. A minha terra é líder, comanda o Concelho com a maior Taxa de Desemprego do País ultrapassando os 20% da população activa e é como quase todos os Concelhos do País afirmando-o não com dados concretos mas com um conhecimentos pouco cientifico baseado na observação um pouco envelhecida, mas se resultava com os velhos filósofos gregos por certo resultara comigo, querendo dizer com isto que com essa população que vive (sem julgar méritos mas reconhecendo o direito constitucional) da segurança social somos um concelho de grandes encargos sociais permitindo-me tristemente afirmar que pouco futuro os jovens, quer habilitados profissionalmente quer licenciados que tiram cursos nas mais variadas universidades do país e que com alguma politica de sucesso tem-nos fixado nas respectivas zonas de estudo (os que têm essa sorte). Lei-o hoje que se atravessa a segunda maior vaga de Imigração dos últimos "150 anos" já não sendo exclusiva de mão de obra operária mas também de muitos jovens licenciados e até com habilitações superiores. Vejo a "minha terra" vazia a especulação imobiliária atirou a minha geração para os arredores com essa vida louca de viver ou melhor planificar a vida para pagar as prestações do carro e da casa e vejo é mesmo verdade muitas casas vazias devolutas a caminho da degradação sem haver interesse público ou privado para resolver a situação. destruindo o que era o nosso património comum. A realidade está agressiva apesar de tudo parecer estar em ordem nos outdoors, nos mupis e nos anúncios do jornal e da televisão no espaço público invadido pela mensagem subliminar. O monstro da Troika sossega-nos o impulso compulsivo do consumir com directrizes de poupança e magia contabilística mas não nos traz como por exemplo o folheto da tribo do Yoga uma promessa de uma melhor vida saudável com mudanças concretas no concreto erro em que levamos esta vida insustentável. Sou mais mensagem no espaço aleanado.

terça-feira, 31 de maio de 2011

DEUS NA REDE

Estou pasmado no Jardim. De repente tudo o que procuro vem ter comigo, mas estava na hora de ouvir Deus. Não estou cansado da vaga que se repete, nem a troquei por a musica do caos do melro que come o fruto das pequenas palmeiras. Mas era Deus que queria falar comigo (e ainda estou meio indeciso se te vi a passar e a olhares para trás em busca de confirmação). Sou duma natureza estranha, aceito a condição que o destino é maior do que eu por mais variados problemas que acarreto com a situação, alguma luz. Mas Deus queria-me mesmo falar e eu ouvi-o. Não me fiquei pelo veneno mordaz do verbo a chacinar a velha máquina que é o meu "coração" com os seus defeitos e alguns pragmatismos mas pouco céptico e assim ele me faz viver. Cristo disse - Dá a outra face! Fazia-o por uma espécie de obrigação cega da razão teológica. Hoje entendi-o na sua génese mais simples (com a estranha sensação que já o sabia). Dá a razão ao verbo dando-lhe no Divino e porque não Sagrado a verdade da razão oposta sem te perderes na perspectiva da oposição pela oposição e assim ganharás a acção do predicado. Deus na rede.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

PRESENTE!

Conhecer um homem pela sua biografia e obra é sempre mais estranho que um combate duro a tirar almas entre dois MC's. Não conhecer o silêncio das horas da angústia é tirar-lhe o brilho das horas perdidas mesmo vivendo a mesma coexistência do tempo. Houve um dia (ao que sei) um homem quis salvar a América de si mesmo sem ser pelo método do costume de chamar a cavalaria apenas e só quando as coisas correm mal para o milagre do último momento. Não foi um homem decisivo na minha vida, outros seus contemporâneos se cruzaram. Mas das suas palavras duras como um gancho dum boxeador elevadas com o ritmo do Beat e da Soul marcaram uma geração de jovens negros e outros que compreenderam que a sua tragédia não era muito diferente e sem preconceitos afirmo aos que estão presos à escravatura do seu tempo, quem puxa a pedra ou quem estala o chicote. A revolução não será televisionada, poucos provavelmente se entenderam na importância do paradoxo quando nós próprios nos comportamos em "filmes" na sede de edição, mas como eu diria sem me querer afirmar mais do que poeta "de" bairro, não são as rimas que se dizem que fazem a história da poesia...mas as que se conseguem manter - "Gil" Scott-Heron (1 de Abril de 1949 – 27 de Maio de 2011)

sábado, 28 de maio de 2011

MURO DAS LAMENTAÇÕES

Analise. Mais do que a vertigem elíptica do café ao reger do caos em função da escrita, a necessidade de compreender com os marcadores que temos gravados nos neurotransmissores, a edificação imperial dos sentidos e toda a marca código-genética de conhecimentos e saber químico ponderamos na Analise a Razão encontrada nesta triangulação hipotética. A Razão por si mesma complicada, descomplexa a vertigem analítica com o seu perceber e aí se sustem a rede coadjuvada com a espiritualidade da energia da contra-função estática de olharmos para uma parede e orarmos (assim nos ensina por exemplo o judaísmo). Aí está o principio puro da rede a razão da parede de energia estática elevada pela Neuromancia.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

A REDE ELEITORAL

O poder é como um estigma faz-se sofrer para acreditar nele. Um dia o poder decidiu partilhar o poder na representação universal do escrutínio. Não lhe conheço toda a sua história. Faço cumprir a minha. Nas agitadas eleições pós-Abrilistas nas quais fabulizei a minha participação democrática ainda na ideologia dos meus pais (e não assim tão mal) não por quantificações ideológicas mas porque a sua classe "existencial" assim maioritariamente reagia ainda que infrutífera porque não tinha idade para o exercer. Assim todos reagíamos numa crença participativa que levou a golpes bombistas de ambos extremos e ao habitual precaver do sistema eterno. Cresci não na indiferença do reagir sintomático sistemático, acreditei em algumas pessoas, pensei em branco, esqueci-me do sistema na doença. Tornei acordar em branco e assim me fui exercer inocentemente esquecendo que a democracia também tem os seus ditadores. A rede eleitoral cumpre-se no exercer do voto o resto é abstracção doentia da agenda das forças partidárias, a rede eleitoral crumpre-se no exercer do voto mesmo sabendo que votamos em "partidos".

quinta-feira, 26 de maio de 2011

REDE COLONIAL

A manhã passava pelo parque na "alegria breve" de ver uma mãe partilhando o fresco da relva com o pequeno filho. Vinha da Biblioteca onde estive a ler o jornal, precisamos de falar de vida para fazermos sentido sem conseguir fazer sentido efectivo nenhum com ela. Volto à Mãe e à liberdade que será sempre inocente (mesmo perdida na minha razão fotográfica) de usufruir um espaço público algo de notoriamente difícil para os portugueses perdidos nas suas antagónicas edificações estruturais moleculares de propriedade. E ainda ontem eu mesmo era um petiz fardado ao gosto de minha mãe sentado no "capim" do império, mas e talvez, tudo nem esteja perdido no legado; tirando fronteiras e motivações politico-económicas talvez ainda escape alguma descendência nas espécies do jardim. Tomar um filho (que ainda não o fiz) e fazer crescer a liberdade em educação sem a tentação de o sujeitarmos ao sofismo da civilização faz da rede um lugar perigoso, mas mais medo será a solidão que os humanos têm mas não falam dando razão ao medo.

A REDE DO NADA

Primeiro era o verbo, a humanidade luta desesperada para definir qual o primeiro se o ter ou ser e à sua volta uma pilha de revistas sociais em atraso na sala de espera da eternidade. Depois vem a rede com a sua sede inicial de partilha posta enferma com a cobiça de quem faz o copy paste mais rápido. Para dentro da nebulosa negra regem-se binários de memória que foram esquecidos por a parte cruel mas saudável da informação que é o passar, e reza o fado e cito "Não é o tempo que passa por nós, nós é que passamos por o tempo" dando cabo da relatividade se é que isso é possível.
A rede cresce na proporção da Árvore, nas raízes que a prendem à matéria, no eixo que a faz do horizonte e na copa etérea que a faz no absurdo vital da fotossíntese. Entre o vazio existe o NADA que o homem ou para não lhe dar muita importância o ácaro faz acentar a primeira pedra da sua existência partindo para o conteúdo do conjunto e aí vivemos "A REDE DO NADA".