O dinheiro é capaz de ser a invenção mais viciante da humanidade. Como todas as invenções o vício vem da utilidade, quanto mais útil mais apetecível. Da ideia apaixonada de trocar um pouco de comida por uma concha bonita da praia como se supõe tudo ter começado levamos tudo um pouco mais a sério desde há muito séculos, as moedas das primeiras civilizações, o papel franquia chinês ou as divisas romanas e transacções multi-bancarias com deslocação do capital para outros lugares sem o ter que deslocar propriamente dito inventado pelos templários na primeiro grande destino de peregrinação - a terra santa -pelo menos para a religião da cruz .
Com o dinheiro surgiram os mercados primeiro em pequena escala à economia regional, depois se espalharam em grande poder taxativo como foi o caso do império romano que usava por exemplo o trigo como pagamento ao seus soldados mais importantes nas suas caminhadas pelo alargamento do império o reste da furtuna lá se resolveria entre saques e troféus de guerra.
Os mercados mantiveram-se mais ou menos iguais até ao aparecimento do sistema bolsista que fez do dinheiro uma coisa ainda mais estranha do que já era até aí especulando um jogo de sorte ou azar e pouco realista e como já o disse aqui assente no valor das matérias primas.
Por fim e ainda vieram os supra mercados que fizeram uma coisa, não me queixo do mal em si que também é um bem, mas o mundo passou a ser desenho para que o "consumidor" (e somos mais ou menos tratados assim por quem pensa nisto e eu próprio já pensei assim) se deleite nas maravilhas desenhadas por as mentes criativas e pelo tridente psicológico criando-as como se fossem uma necessidade verdadeira. O "pecado" se é que alguém se importa com ele é o desperdício de matéria primas nobres que para as termos poluímos significativamente o planeta para nos dar-nos ao luxo do absurdo quando ele é mais gratuito que isso.
Os supra mercados salvaram uma grande parte do mundo da fome e da miséria (e ela é uma coisa discutível porque felizmente é composta por dois valores inseparáveis com os quais nos salvamos ou corrompemos o valor material e o valor espiritual) tornando-nos confortáveis na necessidade, talvez confortáveis demais por deixamos de ter o suor delas (sei que isto é uma coisa antiga e desprezível para a maior parte das pessoas), deixando-as de as respeitar como parte do planeta tornando-as parte do seu lixo (coisa que para a mãe natureza é indiferente a criação lá continuará indiferente sem a humanidade apenas um pouco mais pobre com os crimes cometidos por ela, mas também nós jogamos o jogo da sobrevivência com a esquizofrenia do pensamento que somos os seres superiores ) .
A rede dos Supramercados ajudou o homem a quebrar fronteiras imagináveis na sua liberdade ainda estamos a tempo (eu acredito) de não nos tornar-mos prisão dela.