Abrir a mão e deixar um mosquito pousar. Calmamente fitar a sua fisionomia, as duas asas compridas a cabeça e o ferrão com o qual bebe a vida e com qual também mistura as vidas que conhece. Ele ainda pousa na mão, e agora fito-o pensando com o medo de ele me morder que melhor será mata-lo antes que me ataque. O medo é uma coisa terrível por causa dele pensamos em formas de retaliação conquistando o medo dos outros. O medo de pessoas de outra cor, de outra sexologia e de outros pensamentos políticos e sociais leva-nos a reagir por desconfiança na acções mais puras. Medos de infecções, medo de deixar-mos de ser iguais, medo do medo.
O mosquito não sei o que pensa. Talvez em sobreviver. E eu faço o mesmo por razões de sobrevivência são o nosso maior predador.
Tenho o mosquito na mão ambos sabemos da luta por viver e o que nos segura da morte é o frágil fio da paz de acreditarmos um no outro.
O mosquito não sei o que pensa. Talvez em sobreviver. E eu faço o mesmo por razões de sobrevivência são o nosso maior predador.
Tenho o mosquito na mão ambos sabemos da luta por viver e o que nos segura da morte é o frágil fio da paz de acreditarmos um no outro.
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