segunda-feira, 4 de julho de 2011

CAPS LOCK

É tempo urge desligar o grito no marasmo. É uma coisa mais ou menos geracional que se vai perdendo na luta infundada dos sonhos juvenis de quando acreditar é uma coisa colectiva, nem que seja num sonho difuso do estalo etílico na partilha de uma garrafa. Depois são cedências após cedências por o emprego, por a namorada e ainda por os filhos e assim morre pensamos nós a escrita. As letras maiúsculas ou a grande escrita ensinam-nos que a passagem do tempo é assim como uma espécie de conformismo crescente apesar de alguns felizes. O que faz manter os clássicos?
A formula mais ou menos sagrada dos princípios da novela com os seus atributos sagrados que com os seus cânones ainda se fazem manter agora ainda mais magicamente divulgados com o suporte cinematografo. Sempre existe o valor próprio da narrativa que flui de verdade sem a espada cortante da profissão. A humanidade caminha para um princípio ilógico que para tudo serão preciso habitações para se poder exercer a ela própria. Cursos para ser humanos? Soa estranho.
Poderia ficar ferido na condição de classe como se fosse ela a luta para resolver, mas depreendo que o que existe reinante é o medo das coisas livres em detrimento das habitações competentes (para não me amargar no alongar do pensamento).
Sem me perder no raciocínio e sem perder a magnitude do que realmente importa, escrever o romance é apenas fazer unlock do CAPS LOCK e o resto é tudo como a maldade desta vida se nos distrairmos do que ela realmente é... vender tudo a qualquer preço sem o verdadeiro apreço por as coisas que nos fazem de verdade.

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