quarta-feira, 20 de julho de 2011

O CAMINHO DO CEGO

Um cego caminhava numa noite escura com uma lamparina. Caminhava lentamente mas seguro da sua luz.Alguém se cruza no caminho e estranha a ceguez e pergunta-lhe:
- Se és cego porque levas a lamparina acesa?
- Apenas para ninguém vir contra mim...
É uma história oriental. Preciso de a contar hoje para me lembrar duma coisa importante. O que vêm os olhos sem o coração? O coração é uma máquina é certo, mas sem grande ajudas aperta quando sente. Qualquer coisa de alquimia? Mais simples.
Caminho desenfreado no paradigma dos prédios e dos edifícios encontro a sede e o meu vareiro sábio diz-me no seu mar da tranquilidade:
- Não vás na maldade!
E eu como o cego desligo-me desses olhos mas não evitando por vezes o regresso da maré negra.

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