sexta-feira, 15 de julho de 2011

TODOS OS DIAS

O dia pareceu-me enganado (nunca temos tendência para acreditar no engano relógio e o tempo a passar é anacrónico). Passa a varina. Bom dia que mar leva? O mar que eu encontro uns minutos mais à frente.
Já fui um ser errante da noite, ainda ontem voltou no desenho feito antes de o sono químico me tombar e então encerrei-me nesses sonhos que já não tento adivinhar por me serem impostos como que uma má paga por estar vivo.
Agora sem a força cerrada do conjunto, vivo com o sol. Por vezes (já foi mais raro) vejo o seu amanhecer levar a preguiça boa para o céu, derreto a menina dos olhos pela tarde e guardo-o a ir embora na magia que impõe retrato, como se toda a poesia não fosse mais que uma cara quente.
O corpo bebe do sol mais do que a comida se o levar-mos a eito a vida por mais dura que pareça, nas meninas madrugadoras e cheirosas do banho que rumam à estação para o emprego na madrugada que novamente se faz cumprir. Algo de estranho leva o tempo parece que se apressou com as nossas vidas e quem fica à margem (existem muitos) com o cair do mesmo fica imune à febre da corrente, alguém mexeu no jogo dos planetas.
Todos os dias a rede contínua a insónia na luz perfeita do monitor que embebeda a rotina.

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