quarta-feira, 15 de junho de 2011

A REDE NEURONAL

Fazia o comboio com o homem certo da minha turma liceal (ou pelo menos duma parte dele). Lembro-me dum fim de aulas em que ele empreendeu em menos de uns minutos um jogo num velho 48k da Spectrum fazendo o gáudio dos presentes.
Um pouco mais tarde desses delírios no embalo do suburbano trocavamos as primeiras impressões desse mundo que tinha começado não há muito a Rede. Ele tornara-se um homem do "sistema", não não foi trabalhar para o Governo, era engenheiro de sistemas e trabalhava na altura para o patrão da costa - O Senhor Bill Gates eu entusiasticamente falava-lhe das virtudes do Macintosh e de como era feliz na sua simplicidade sabendo do seu poder nas linhas de escrita mas não tendo o poder da palavra como ele.
Uma das manhãs falou-me duma novidade então as redes neuronais e da possibilidade infinita da sua criação que então tinha começado. Redes neuronais?
- Sim uma espécie de tecnologia de encriptação em rede que nos permite por exemplo por o Tom Waits a cantar com o Shane Macgowan (sempre imaginei este dueto :) , a explicação resultaria melhor com pessoas mortas) sem os dois sequer cantarem uma nota. Na altura sei o que me fascinou dando-me tema para algumas conversas "decoradas" por falta de mais conhecimento.
Num mundo de encriptação acelerada nos vídeos (ó Teixeira isto já é outra história) e em outros suportes multimédia as milhares de quilómetros de binário que são poupados por essas redes ou por outras similares.
Mas Pires, que os dois são Migueis, a Rede Neuronal Original ainda contínua com essa alma físico-química que apreende nos terminais neuro-existências que cada vez a sinto mais foragida deste Rede do Éter cada vez mais fria no raciocínio quântico da vingança, talvez por isso nos tenhamos rendido ao calor das "máquinas".

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