A realidade está agressiva, ou melhor tomada de assalto. Tirando a manifestação que hoje pontual na "minha terra" preencheu a realidade com mais uns metros de placards e bandeirinhas laranja trocando as figuras de cromo (por esse passo eu sempre na qualidade de mais um aleanado da cidade) com os rapazes da propaganda política e seus líderes. A "minha terra" ou a terra onde eu vivo não sei muito bem não tem grandes monumentos, grandes indústrias (já as teve é certo) mas tem algumas tradições que a suburbanidade periférica as fez diluir não penso que seja uma coisa necessariamente má apenas mudamos de morfologia social sem querendo fazer disso nenhuma guerra de classes mas mas de novos interesses instalados no poder de sempre. A minha terra é líder, comanda o Concelho com a maior Taxa de Desemprego do País ultrapassando os 20% da população activa e é como quase todos os Concelhos do País afirmando-o não com dados concretos mas com um conhecimentos pouco cientifico baseado na observação um pouco envelhecida, mas se resultava com os velhos filósofos gregos por certo resultara comigo, querendo dizer com isto que com essa população que vive (sem julgar méritos mas reconhecendo o direito constitucional) da segurança social somos um concelho de grandes encargos sociais permitindo-me tristemente afirmar que pouco futuro os jovens, quer habilitados profissionalmente quer licenciados que tiram cursos nas mais variadas universidades do país e que com alguma politica de sucesso tem-nos fixado nas respectivas zonas de estudo (os que têm essa sorte). Lei-o hoje que se atravessa a segunda maior vaga de Imigração dos últimos "150 anos" já não sendo exclusiva de mão de obra operária mas também de muitos jovens licenciados e até com habilitações superiores. Vejo a "minha terra" vazia a especulação imobiliária atirou a minha geração para os arredores com essa vida louca de viver ou melhor planificar a vida para pagar as prestações do carro e da casa e vejo é mesmo verdade muitas casas vazias devolutas a caminho da degradação sem haver interesse público ou privado para resolver a situação. destruindo o que era o nosso património comum. A realidade está agressiva apesar de tudo parecer estar em ordem nos outdoors, nos mupis e nos anúncios do jornal e da televisão no espaço público invadido pela mensagem subliminar. O monstro da Troika sossega-nos o impulso compulsivo do consumir com directrizes de poupança e magia contabilística mas não nos traz como por exemplo o folheto da tribo do Yoga uma promessa de uma melhor vida saudável com mudanças concretas no concreto erro em que levamos esta vida insustentável. Sou mais mensagem no espaço aleanado.
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