Conhecer um homem pela sua biografia e obra é sempre mais estranho que um combate duro a tirar almas entre dois MC's. Não conhecer o silêncio das horas da angústia é tirar-lhe o brilho das horas perdidas mesmo vivendo a mesma coexistência do tempo. Houve um dia (ao que sei) um homem quis salvar a América de si mesmo sem ser pelo método do costume de chamar a cavalaria apenas e só quando as coisas correm mal para o milagre do último momento. Não foi um homem decisivo na minha vida, outros seus contemporâneos se cruzaram. Mas das suas palavras duras como um gancho dum boxeador elevadas com o ritmo do Beat e da Soul marcaram uma geração de jovens negros e outros que compreenderam que a sua tragédia não era muito diferente e sem preconceitos afirmo aos que estão presos à escravatura do seu tempo, quem puxa a pedra ou quem estala o chicote. A revolução não será televisionada, poucos provavelmente se entenderam na importância do paradoxo quando nós próprios nos comportamos em "filmes" na sede de edição, mas como eu diria sem me querer afirmar mais do que poeta "de" bairro, não são as rimas que se dizem que fazem a história da poesia...mas as que se conseguem manter - "Gil" Scott-Heron (1 de Abril de 1949 – 27 de Maio de 2011)
Sem comentários:
Enviar um comentário